A minha Lista de blogues

A minha Lista de blogues

segunda-feira, 8 de maio de 2017

OS NABATEUS E O COMÉRCIO TRANS-ARÁBICO ENTRE O ÍNDICO E O MEDITERRÂNEO

TEMA APRESENTADO EM AULA ABERTA POR ALVARO FIGUEIREDO


8 de Maio, às 17h., na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Universidade Nova de Lisboa
Av. de Berna, 26 C, 1069-061 Lisboa
 

Entre o final do século IV a.C. e o início do século II d.C. o reino da Nabateia ocupava um vasto território localizado no noroeste da Península Arábica e que, durante o período de sua máxima extensão, incorporava toda a Transjordânia, o sul da Síria, o Negev e o noroeste da actual Arábia Saudita. A posição estratégica da Nabateia, entre o Egipto Ptolemaico, a Síria Seleucida e a Arábia, e, mais tarde, entre Roma e a Pártia, permitiu-lhe controlar o comércio de produtos aromáticos, sobretudo o incenso proveniente da Arábia Felix, e as especiarias oriundas do Subcontiente Indiano, desempenhando os árabes nabateus um importante papel como intermediarios nas rotas trans-arábicas entre o sul da península, o Golfo Persa e o mundo mediterrânico. Esta actividade mercantil tornou-os bem conhecidos na antiguidade levando alguns autores seus contemporêneos, como Diodoro Sículo, Estrabão e os dois Plínios, a deixarem descrições detalhadas sobre a sua história e cultura. No entanto, a posição estratégica da Nabateia e a sua prosperidade, acabariam por resultar na sua anexação por Trajano, em 106 d.C., e ao estabelecimento em seu lugar da província romana da Arábia.

Durante o decorrer desta aula aberta teremos oportunidade de abordar alguns dos temas relacionados com a origem dos nabateus, a sua história, lingua e escrita, religião e actividade comercial, documentados por fontes greco-romanas da época e pela cultura material dos nabateus.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

PÉRIPLOS CULTURAIS EM 2016

Durante o decorrer de 2016 terão lugar as seguintes viagens temáticas acompanhadas por Álvaro Figueiredo. Todos os interessados poderão obter informações detalhadas sobre os programas aqui anunciados através da morada de email deste site ou através do link indicado no fim de cada roteiro.

  

Ao encontro das origens de Portugal: Arqueologia e História no Alentejo (com Mérida)


5 dias

  • 22 a 26 de Julho de 2016
Este périplo pelo Alentejo, com uma visita a Mérida – classificada pela UNESCO como Património da Humanidade e outrora capital da província romana da Lusitania –, constitui o primeiro de uma série de programas de viagem dedicados à Arqueologia, História e Etnografia de Portugal.
O Alentejo possui um rico património histórico e cultural, fruto de uma longa ocupação e utilização do território por comunidades humanas. Esta é, também, uma terra com uma rica tradição gastronómica e vinícola, resultado de uma longa e complexa história, e das influêncas culturais dos diversos povos que por aqui passaram e deixaram a sua marca, fazendo do Alentejo uma região única e contribuíndo para a diversidade cultural do Portugal moderno.
Contacto: http://www.pintolopesviagens.com/viagens-com-autores/alvaro-figueiredo/


ARGÉLIA: ENTRE O MEDITERRÂNEO E O SAHARA


10 dias

  • 8 a 17 de Setembro, 2016

A Argélia é o maior país do Mediterrâneo e do continente africano e integra parte do território ao qual os árabes denominaram de Magrebe – a “terra de poente”. Desde a remota Antiguidade que importantes rotas caravaneiras atravessavam o Sahara argelino. A prosperidade derivada do comércio de longa distância, e a riqueza agrícola da faixa costeira, fizeram com que esta zona cedo se tornasse num polo de atração para gentes provenientes de outras partes do Mediterrâneo. Colonos fenícios, provenientes das cidades da costa Sírio-Libanesa, como Tiro e, mais tarde, da cidade púnica de Cartago, na Tunísia, estabelecem-se na região, fundando cidades como Tipasa, que se tornaram grandes empórios comerciais. Em finais do século I a.C. a região era governada pelo rei berbere Juba II da Numídia e sua mulher Cleopatra Selene (filha de Marco António e da famosa Cleópatra VII do Egito), aliados de Roma e amigos do imperador Augusto. Mais tarde, após a morte de seu filho, Ptolemeu da Mauritania, estes territórios seriam incorporados no Império Romano, mantendo os seus costumes e a sua língua. Aos Romanos, seguiram-se Vândalos e, durante a segunda metade do século VII, a região seria incorporada num vasto império árabe-islâmico que se estendia do Atlântico à China ocidental.
Este percurso convida a uma viagem através do tempo, por cidades e aldeias do presente e do passado, por paisagens de uma grande beleza natural, entre as terras férteis da costa mediterrânica do Magrebe e o grande Deserto do Sahara, com a sua variada geologia e grandes oásis, em busca do passado, numa região rica em tradição e hospitalidade.

Grécia – Terra dos Deuses, Pátria dos Heróis


12 dias

  1. 24 de Setembro a 5 de Outubro, 2016
 A Grécia antiga é vista no imaginário europeu como um mundo passado de deuses e pátria de heróis, cantados por Homero nos seus dois grandes poemas épicos sobre a Guerra de Tróia. Neste périplo pela terra dos deuses, pátria dos heróis, teremos oportunidade de explorar alguns dos seus mais importantes sítios arqueológicos, classificados pela UNESCO como Património da Humanidade, e museus cujo acervo constitui hoje das mais importantes e únicas colecções de arte em todo o mundo, cobrindo a história da Grécia desde as civilizações Minóica e Micénica da Idade do Bronze, aos períodos Arcaico e Clássico, Helenístico e Romano. Teremos ainda oportunidade de admirar a devoção espiritual bizântina na arquitectura e na arte do mosteiro bizântino em Hosios Loukas, localizado num belo e remoto vale e classificado Património da Humanidade pela UNESCO.

Contacto: http://tryvel.pt/tour/grecia/
 


SUDÃO: EM BUSCA DAS PIRÂMIDES E TEMPLOS DOS FARAÓS NEGROS do antigo reino de kush



11 dias

  • 26 de Outubro a 5 de Novembro, 2016

Este programa de 13 dias convida à descoberta de uma paisagem idílica que se estende ao longo das margens do vale do Nilo sudanês, entre cataractas e a beleza espetactular do deserto do Sahara, seguindo os passos dos primeiros exploradores que por aqui passaram em busca da fonte do Nilo. Nesta viagem ao passado, ao mundo de Napata e dos faraós negros da XXV dinastia, ao lendário reino de Meroe, ao cristianismo primitivo de Dongola, e aos califas do Islão, e a um Sudão do presente, que se vive nas ruas, mercados e cafés de Omdurman, Shendi ou Karima, revivemos a forma de explorar o vale do Nilo dos primeiros exploradores e viajantes do século XIX, entre a cidade de Kartum, onde o Nilo Azul e o Nilo Branco se unem, e a Núbia sudanêsa, antiga porta de acesso ao interior Africano. Este percurso pelo Nilo sudanês convida também a visitar algumas das suas maravilhas, como a magnífica colecção do Museu Nacional de Kartum, onde se encontram algumas das antiguidades removidas durante a construção da Grande Barragem de Assuão, e os grandes monumentos faraónicos da Núbia sudanesa, incluíndo o grande templo de Soleb construído por Amenhotep III, ou templo de Amun em Jebel Barkal, as pirâmides de Jebel Barkal, el-Kurru e Nuri, e os templos e pirâmides do reino núbio de Meroe. 

O Egipto dos primeiros exploradores: rota dos Oásis Ocidentais e cruzeiro em dahabiyah no Alto Egipto


17 dias

1 a 17 de Dezembro, 2016
24 de Fevereiro a 12 de Março, 2017
Neste périplo pelo Egipto Antigo e Moderno, entre o mundo passado dos faraós, dos imperadores romanos e dos califas do Islão, e um Egipto do presente que se vive nas ruas, mercados e cafés das suas cidades, seguimos nos passos dos primeiros exploradores que por aqui passaram em busca de conhecimento e aventura. Da grande cidade de Alexandria, Rainha do Mediterrâneo, atravessando o Deserto Ocidental com os seus misteriosos oásis, este percurso leva-nos até à beleza serena e calma do vale do Nilo no Alto Egipto. No extremo sul do país, teremos oportunidade de reviver a forma de viajar desses primeiros exploradores e viajantes do século XIX, num cruzeiro em dahabiyah entre Luxor, antigo centro do culto do deus Amun, e Aswan, porta de acesso ao interior Africano. A dahabiyah é uma antiga embarcação de transporte à vela, de dois mastros, com salas, quartos e casas de banho. Destes antigos barcos, muito utilizados até ao final do século XIX, apenas alguns sobrevivem, convertidos em embarcações de luxo, permitem a oportunidade única de uma viagem de lazer pela paisagem idílica que se estende ao longo das margens do rio Nilo. No Cairo, uma das grandes metrópoles da actualidade tantas vezes celebrada pelo escritor Naguib Mahfouz, teremos oportunidade de reviver a Belle Époque egípcia na cidade construída por altura das celebrações de inauguração do Canal do Suez, em 1869, e nos seus bairros medievais, entre mesquitas e cafés, a Cidade Vitoriosa dos Califas Fatimidas, de Saladino e dos Mamelucos. Este percurso pelo Egipto convida, também, a visitar a magnifica colecção do Museu Egípcio do Cairo – onde se encontram, entre muitos outros, os objectos provenientes do túmulo de Tutankhamun – as pirâmides e túmulos do Império Antigo em Saqqara, Dashur e Guiza, e os grandes monumentos faraónicos ao longo do Vale do Nilo entre Luxor e a primeira catarata em Aswan.
 
 

Etiópia e Somaliland: Entre a beleza selvagem do Rio Omo e a Terra de Punt


16 dias

  • 15 Jan 2017 - 30 Jan 2017

Neste percurso pelo Corno de África venha descobrir uma parte do continente africano com uma extraordinária diversidade étnica e um riquíssimo legado histórico-cultural que remonta a um passado remoto e se vive ainda entre as gentes e costumes do sul da Etiópia e da Somaliland, a terra de Punt dos antigos egípcios.
No sudoeste da Etiópia teremos oportunidade de visitar, em veículos de 4×4, a região do vale do Rio Omo e os grandes lagos do Vale do Rift, onde os antepassados da espécie humana se desenvolveram há cerca de quatro milhões de anos. Actualmente, esta parte do país é habitada por diversas nações de agro-pastoralistas, como os Mursi no Mago National Park, dos quais apenas restam cerca de 7.500 indivíduos, ou os Hamer do Vale do Omo, com os seus complexos rituais de passagem, decoração corporal, música e dança, retratos de uma diversidade cultural rica, mas também efémera, condenada a desaparecer devido a pressões globalizantes que se fazem sentir nesta região de África. Nesta parte da Etiópia, entre a exuberante vida selvagem dos parques naturais e a riqueza etnográfica das suas gentes, o alojamento será em hotéis de tipo “safari lodge” de excelente qualidade e bem inseridos na paisagem local. Durante a segunda parte deste périplo visitamos a encantada “cidade proibida” de Harar, outrora capital do Sultanado de Ausa e interdita a não-muçulmanos, envolta por muralhas e classificada pela UNESCO como Património da Humanidade, antes de continuarmos para a Somaliland, seguindo nos passos dos primeiros exploradores europeus que por aqui passaram, como o britânico Richard Burton que, durante o inverno de 1854-5, viajou entre Berbera, no Oceano Índico, e a cidade proibida de Harar.
 
 
 

sábado, 28 de novembro de 2015

SULTANATO DE OMAN & REINO HASHEMITA DA JORDÂNIA


II Ciclo de Conferências da Pinto Lopes Viagens

DUAS VIAGENS ApresentaDAS por Alvaro Figueiredo em duas Conferências: Lisboa e Porto, nos dias 5 e 7 de DEZEMBRO, 2015

 
O Sultanato de Oman e o Reino Hashemita da Jordânia, embora se situem em extremos oposto da Peninsula Arábica, possuem uma longa e complexa história que remonta a um passado longínquo, e uma rica herança histórico-cultural que se reflete na abundância dos seus monumentos e sítios arqueológicos extremamente bem preservados, classificados como Património da Humanidade ou inscritos na Lista Indicativa da UNESCO. Ambos os países possuem também paisagens de uma enorme beleza natural. Oman situado entre as águas azul-turquesa e limpídas do Oceano Indico e a beleza esmagadora do majestoso Rub’ al-Khali, e a Jordânia entre o grande Deserto Arábico, o Mar Vermelho e a paisagem agreste do Vale do Rift e do Mar Morto. Ambos os périplos convidam a uma viagem através do tempo, por cidades e aldeias do presente e do passado, a disfrutar do prazer das ruínas e de paisagens de uma enorme beleza natural, em duas regiões do Mundo Árabe famosas pela sua tradição e hospitalidade.  

Para informações mais detalhadas sobre ambas as viagens consulte a página da Pinto Lopes Viagens em:
http://www.pintolopesviagens.com/alvaro-figueiredo/


ENTRADA GRATUITA
Com inscrição prévia obrigatória através dos contactos habituais da Pinto Lopes Viagens.

Porto
Rua Pinto Bessa, 466
4300-428 Porto
Tel: 222 088 098
geral@pintolopesviagens.com
Lisboa
Rua Viriato (Picoas), 1A
1050-233 Lisboa
Tel
.: 213 304 168
lisboa@pintolopesviagens.com

 
 
 
 
 
 
 
 
 

domingo, 29 de março de 2015

PÉRIPLOS CULTURAIS EM 2015

Durante o decorrer de 2015 terão lugar as seguintes viagens temáticas em dois continentes, acompanhadas por Álvaro Figueiredo. Todos os interessados poderão obter informações detalhadas sobre as datas e os programas aqui anunciados através da morada de email deste site alvaro.a.figueiredo@gmail.com ou no caso da Argélia e Sudão, directamente através do link:
 
 


JORDÂNIA: ENTRE O PASSADO E O PRESENTE NO REINO HASHEMITA DA JORDÂNIA


8-17 de Março, 2015

Entre 8 e 17 de Março, 2015, realizou-se a viagem do Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arqueologia (GAMNA) à Jordânia, com a coordenação e acompanhamento de Álvaro Figueiredo.

O Reino Hashemita da Jordânia é um país rico de contrastes geográficos, que inclui o Vale do Rift, a grande falha geológica que se estende desde a África Oriental e que na Jordânia inclui o vale do rio Jordão e o Mar Morto (a cerca de 400 m abaixo do nível do mar, este é o ponto mais baixo do planeta), as montanhas do planalto fértil da Jordânia, e parte do grande deserto arábico. Com uma rica herança cultural e histórica, o país é, também, como que um vasto museu, no qual podemos seguir os passos da história da humanidade através de milhares de anos, desde os primórdios da vida agrícola, passando pelas civilizações urbanas da Idade do Bronze e os impérios dos Egípcios, Assírios, Babilónios, Persas, Macedónios e Romanos. A Jordânia faz também parte de um espaço geográfico e ideológico que, desde a antiguidade, é conhecido como Terra Santa, pois aqui tiveram lugar alguns dos acontecimentos descritos no Antigo e Novo Testamentos, enquanto durante o século VII da nossa era, foi um dos primeiros territórios a receber o novo credo do Islão. Este programa de 10 dias convida a uma viagem através do tempo, por paisagens repletas de impressionantes ruínas arqueológicas, como a Jerash romana e a Petra dos nabateus, testemunhos de um passado glorioso; pelas cidades de Amman, Madaba e Kerak, localizadas no fértil planalto transjordano; a uma incursão ao grande Deserto Arábico onde teremos oportunidade de passar uma noite num acampamento beduíno, em wadi Rum; a repousar entre as águas azuis e corais do Mar Vermelho no Golfo de Aqaba, ou ainda, a disfrutar da paisagem agreste, mas de uma enorme beleza natural do vale do Rift nas margens do Mar Morto.


IRÃO: A PÉRSIA IMPERIAL NA ROTA DA SEDA
 
4-18 de Maio, 2015  


Situado numa região do globo que se situa entre as esferas culturais do Médio Oriente e da Ásia Central, o Irão é um país com uma longa e complexa história. O seu território, atravessado por uma série de rotas comerciais que se estendiam da China ao Mediterrâneo, a chamada Rota da Seda, cedo atraiu gentes com os seus produtos exóticos, ideias e religiões. o Irão moderno, na sua variada composição étnica – Persas, Azaris Turcos, Curdos, Árabes, Baluquis, Turcomanos, Lors e vários grupos nómadas – reflecte essa rica e complexa herança histórico-cultural e a sua privilegiada situação geográfica. O país possui também uma paisagem de uma grande beleza natural, que inclui montanhas monumentais, cujos cumes se cobrem de neve durante todo o inverno, extensas planícies férteis e imponentes desertos.
Esta viagem de 15 dias explora essa rica herança histórico-cultural e a grande beleza natural do país, num percurso que convida também a viver o Irão presente, na sua gastronomia e nas suas gentes; passeando pelos grandes bazares de Teerão, Kerman, Shiraz e Isfahan; a repousar nas suas casas de chá, entre os aromas exóticos do fumo do tabaco do narguileh (cachimbo de água), e a magia dos poemas de Hafez ou Sa’di acompanhados ao som de musica clássica persa; a observar os artífices a trabalhar no grande bazar de Isfahan; ou ainda, a uma viagem de dhow no mar turquesa do Estreito de Ormuz, no Golfo Pérsico, em direcção à Ilha de Ormuz e a um passado comum recente, partilhado com Portugal. 

 
Argélia: 

entre o Mediterrâneo e o Sahara
9-20 de Junho, 2015
 
A Argélia é o maior país do Mediterrâneo e do continente africano e integra parte do território ao qual os árabes denominaram de Magrebe – a “terra de poente”. Ainda que grande parte do seu território seja constituído por deserto, no norte sempre existiram condições favoráveis para o estabelecimento de comunidades humanas ao longo da longa costa mediterrânica. Importantes rotas caravaneiras atravessavam o Sahara argelino, transportando produtos exóticos do interior africano, tal como o ouro, o marfím, escravos e animais selvagens, para os centros urbanos do norte. Esta prosperidade, e a riqueza agrícola da faixa costeira, fizeram com que esta zona cedo se tornasse num pólo de atracção para gentes provenientes de outras partes do Mediterrâneo. Colonos fenícios, provenientes das cidades da costa Sírio-Libanesa, como Tiro, e, mais tarde, da cidade Púnica de Cartago, na Tunísia, estabelecem-se na região, fundando cidades como Tipasa, que se tornaram grandes empórios comerciais.
 
Em finais do século I a.C. a região era governada pelo rei berber Juba II e sua mulher Cleopatra Selene (filha de Marco Antonio e da famosa Cleopatra VII do Egipto), aliados de Roma e amigos do imperador Augusto. Mais tarde, após a morte de seu filho, estes territórios seriam incorporados no Império Romano, mantendo os seus costumes e a sua língua. Aos Romanos, seguiram-se Vândalos e, durante a segunda metade do século VII, a região seria incorporada num vasto império árabo-islâmico que se estendia do Atlântico à China ocidental. Durante os séculos XIII-XVI o país foi governado por grandes dinastias autóctones, até ser incorporado no Império Otomano, numa altura em que cidades como Argel eram grandes portos de corsários, funcionando como porta de acesso ao interior africano, com os seus magníficos bazares que ainda hoje se prolongam por ruas estreitas, e edifícios de paredes brancas e portas verdes, a cor do Paraíso islâmico.
 
Este percurso de 12 dias convida a uma viagem através do tempo, por cidades e aldeias do presente e do passado, por paisagens de uma grande beleza natural, entre as terras férteis da costa mediterrânica do Magrebe e o grande Deserto do Sahara, com a sua variada geologia e grandes oásis, em busca do passado, numa região rica em tradição e hospitalidade.
 
UZBEQUISTÃO - IMPÉRIOS DA ROTA DA SEDA
 
17-28 de Setembro, 2015
 
As cidades encantadas do Uzbequistão – Samarkanda, Bukhara, Khiva e Shakhrisabz – situadas na Rota da Seda, a rota de comércio ancestral que ligava a China ao mundo mediterrânico. O Uzbequistão preserva relíquias de um mundo passado quando a Ásia Central era centro de impérios e as suas cidades grandes centros do conhecimento científico e das artes, existindo no imaginário Ocidental como símbolos de um mundo longínquo de encanto e mistério.
Neste programa de 12 dias, partimos de Tashkent, a capital do Uzbequistão, em direcção a esse passado glorioso, passando pela famosa cidade-museu de Khiva, envolta em muralhas, com as suas mesquitas e palácios decorados com azulejos azuis e brancos; para  Bukhara, cidade do deserto, um dos grandes centros intelectuais do mundo Islâmico, cuja importância se reflecte nos seus inúmeros e impressionantes monumentos e no seu extenso e colorido bazar, reminiscente das Mil e Uma Noites. Entre Bukhara e Samarkanda, o percurso convida a uma incursão no grande Deserto de Kizilkum, para uma noite passada num acampamento nómada, numa yurt, um tipo de tenda circular característica da região; antes de continuarmos para Shahrisbaz, cidade natal de Timur, e para a grande capital imperial de Samarkanda, repleta de monumentos construídos por Timur e seu neto, Ulugbek. Tudo isto faz do Uzbequistão um vasto museu; mas é também um museu vivo, nos seus costumes ancestrais que se vivem ainda nas ruas dos bairros antigos de Khiva, Bukhara e Samarkanda, nos amplos bazares e casas de chá, este último um dos muitos produtos preciosos que, durante séculos, foram comercializados ao longo da Rota da Seda.
 
SUDÃO:
EM BUSCA DAS PIRÂMIDES E TEMPLOS DOS FARAÓS NEGROS DO ANTIGO REINO DE KUSH
 
21-31 de Outubro, 2015


30 de Outubro - 9 de Novembro, 2015
 
Este programa de 11 dias convida à descoberta de uma paisagem idílica que se estende ao longo das margens do vale do Nilo sudanês, por cataratas, campos cultivados e a beleza espectacular do deserto do Sahara.
 
Nesta viagem a um mundo passado – de Napata e dos faraós negros da XXV dinastia, do lendário reino kushita de Meroe, dos reinos cristãos de Nobatia e Makuria, e dos califas do Islão – e a um Sudão do presente, que se vive nas ruas, mercados e cafés de Omdurman, Dongola e Karima, seguimos nos passos dos primeiros exploradores que por aqui passaram em busca da fonte do Nilo, entre a cidade de Khartum, onde o Nilo Azul e o Nilo Branco se unem, e a Núbia sudanêsa, antiga porta de acesso ao interior Africano. Este percurso pelo Nilo sudanês convida também a visitar algumas das suas maravilhas arqueológicas, como a magnífica colecção do Museu Nacional de Khartum, onde se encontram algumas das antiguidades removidas durante a construção da Grande Barragem de Assuão, e os monumentos faraónicos da Núbia sudanesa, incluíndo o grande templo de Soleb construído pelo faraó egípcio Amenhotep III, o Grande Templo de Amun em Jebel Barkal, as pirâmides de el-Kurru e Nuri, e a capital do antigo reino de Meroe.
 
No norte do país, na Núbia sudanesa, teremos ainda oportunidade de conhecer de perto a cultura núbia, ficando alojados numa casa tradicional núbia localizada na aldeia de Soleb, com uma vista magnífica para o templo de Soleb. Desde a antiguidade faraónica que os núbios constituem a população autóctone do vale do Nilo entre a primeira catarata em Aswão, no sul do Egipto, e a quinta catarata localizada no norte do actual Sudão. Famosos pela sua hospitalidade, os núbios possuem uma cultura ancestral que se reflecte também na sua arquitectura doméstica, contruída com materiais locais, como o tijolo de adobe manufacturado com argila do Nilo, e troncos de palmeira. Esta arquitectura perfeitamente adaptada às condições climatéricas da região, utiliza paredes espessas, tectos em cúpola e pátios interiores que protegem do calor exterior e da luz intensa do sol, contribuindo para criar um ambiente interior com uma temperatura mais fresca e agradável.
 
Observação importante: durante os últimos meses, um outro país que infelizmente partilha o mesmo nome com o Sudão, o Sudão do Sul, encontra-se em conflito armado intermitente; felizmente este problema desenrola-se a uma grande distância, não afetando o atual Sudão, incluindo a região para onde nos deslocamos, situada no extremo norte do país.

 
 

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

ARGÉLIA E SUDÃO: DUAS VIAJENS ENTRE O PASSADO E O PRESENTE


Apresentação por Alvaro Figueiredo em duas Conferências no Porto e Lisboa,
nos dias 3 e 4 de Março, 2015

A Argélia e o Sudão, embora se situem em extremos oposto da parte norte do continente africano, possuem uma longa e complexa história que remonta a um passado longínquo, e uma rica herança histórico-cultural que se reflete na abundância dos seus monumentos e sítios arqueológicos extremamente bem preservados, dando a impressão de que ambos os países são como que vastos museus onde podemos seguir os passos da história da humanidade através dos tempos. Essa riqueza histórico-cultural resulta da sua privilegiada situação geográfica, a Argélia entre o Mediterrâneo e a África subsariana, e o Sudão entre o Médio Oriente e o interior africano. Ambos os países possuem também paisagens de uma enorme beleza natural, a Argélia com as suas imponentes montanhas, costa mediterrânica e a imensidão do Sahara, e o Sudão com o majestoso rio Nilo e deserto a condicionar toda a geografia humana do território. Em “Argélia – entre o Mediterrâneo e o Sahara” e “Sudão – em busca das pirâmides e templos dos faraós negros do antigo reino de Kush” convidamos a uma viagem através do tempo, por cidades e aldeias, do presente e do passado, a disfrutar do prazer das ruínas e de paisagens de uma enorme beleza natural, em duas regiões do Mundo Árabe famosas pela sua tradição e hospitalidade.  

Informações mais detalhadas na página online da Pinto Lopes Viagens:
http://www.pintolopesviagens.com/alvaro-figueiredo/
 
 

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Augusto, em privado e em público

Álvaro Figueiredo




Dias 28-29 de Novembro, 2014, das 10h00 às 17h30, Museu Nacional de Arqueologia



Augusto, o primeiro imperador romano e um dos personagens mais importantes da história da humanidade, faleceu há 2000 anos, em Nola, no dia 19 de Agosto do ano 14 d.C. Quando César foi assassinado, nos Idos de Março de 44 a.C., poucos poderiam prever que o seu sobrinho-neto e herdeiro, Gaio Octávio, um jovem de dezoito anos, pouco conhecido e de frágil saúde, se tornaria treze anos mais tarde ao derrotar Marco António e Cleopatra em Actium, o líder absoluto do Estado Romano. 
Durante o decorrer deste curso que terá a duração de dois dias, teremos oportunidade de examinar os vários episódios da vida daquele a quem o Senado conferiu o título de Augusto, desde o seu nascimento até à sua deificação póstuma. Teremos ainda oportunidade de analizar o conjunto de vicissitudes e desafios que enfrentou, os reversos e os sucessos, que contribuíram para determinar a vida pública e privada deste homem.  Através do estudo das fontes literárias greco-romanas sobre a vida de Augusto, da arqueologia, arte e arquitectura, e do estudo da numismática, iremos tentar descobrir quem era este homem que introduziu mudanças tão significativas e profundas em Roma e no mundo mediterrânico. Como utilizava a sua autoridade no exercício do poder político, e porque se reinventava constantemente? Quem era Augusto, o homem privado, no seu relacionamento com os membros da sua família? E quem era esta família, a dos Julio-Claudios, que viria a governar Roma até à morte de Nero, em 68 d.C.?
Durante este dois dias procuraremos compreender Augusto, o homem, a sua obra e o seu tempo, um indivíduo extraordinário cuja visão e determinação política contribuíram para transformar o Estado da velha República no Império Romano.
 




Organização: GAMNA

Local: Sala Bustorff do Museu Nacional de Arqueologia, Praça do Império, Lisboa

Informações/Inscrições:

D. Adília Antunes

Tel. 21 3620000; Fax. 21 3620016




 

sábado, 26 de abril de 2014

SUDÃO: EM BUSCA DAS PIRÂMIDES E TEMPLOS DOS FARAÓS NEGROS



19 de Outubro, 2014

Viagem organizada e acompanhada por Álvaro Figueiredo

Este programa de 14 dias convida à descoberta de uma paisagem idílica que se estende ao longo das margens do vale do Nilo sudanês, por cataractas, campos cultivados e a beleza espetactular do deserto do Sahara, seguindo os passos dos primeiros exploradores que por aqui passaram em busca da fonte do Nilo.
Nesta viagem ao passado - ao mundo de Napata e dos faraós negros da XXV dinastia, do lendário reino kushita de Meroe, do cristianismo primitivo de Dongola, e dos califas do Islão, e a um Sudão do presente, que se vive nas ruas, mercados e cafés de Omdurman, Shendi e Karima -  revivemos a forma de explorar o vale do Nilo dos primeiros exploradores e viajantes do século XIX, entre a cidade de Khartum, onde o Nilo Azul e o Nilo Branco se unem, e a Núbia sudanêsa, antiga porta de acesso ao interior Africano. Este percurso pelo Nilo sudanês convida também a visitar algumas das suas maravilhas arqueológicas, como a magnífica colecção do Museu Nacional de Khartum, onde se encontram algumas das antiguidades removidas durante a construção da Grande Barragem de Assuão, e os monumentos faraónicos da Núbia sudanesa, incluíndo o grande templo de Soleb construído pelo faraó egípcio Amenhotep III, o Grande Templo de Amun em Jebel Barkal, as pirâmides de el-Kurru e Nuri, e a capital do antigo reino de Meroe. No norte do país, na Núbia sudanesa, teremos ainda oportunidade de conhecer de perto a cultura núbia, ficando alojados numa casa tradicional núbia, em uma das aldeia locais (vide a nota sobre alojamento no final deste artigo).


Observação importante: durante os últimos meses, um outro país que infelizmente partilha o mesmo nome com o Sudão, o Sudão do Sul, encontra-se em conflicto armado intermitente; felizmente este problema desenrola-se a uma grande distância, não afectando o actual Sudão, incluíndo a região para onde nos deslocamos, situada no extremo norte do país (ver mapa incluído neste programa). Em Fevereiro deste ano, quando visitámos o sudoeste da Etiópia, aí sim, estivemos muito próximo dessa zona de conflito.


Dia 1 (19.10.2014): Lisboa/Khartum – voo Lisboa-Khartum, via Istambul, com a Turkish Airlines.

Dia 2 (20.10.2014): Khartum - Chegada e assistência pelo nosso agente local. Estadia de 2 noites em Khartum, a capital do Sudão. Visita durante a tarde à magnifica colecção do Museu Nacional que inclui alguns dos monumentos removidos do Lago Nasser durante a construção da Grande Barragem de Assuão. Jantar e estadia de duas noites no Hotel Corinthia (5*).
Dia 3 (21.10.2014): Khartum – Continuação da nossa visita em Khartum, incluindo o Museu de Etnografia, o centro histórico de Omdurman, a Casa do Khalifa, o túmulo do Mahdi e o grande mercado de Omdurman. Jantar e estadia no Hotel Corinthia.
Dia 4 (22.10.2014): Dongola – Partida para Dongola, atravessando o deserto ocidental; visita às ruínas arqueológicas de Dongola Antiga, incluindo a igreja copta localizada nas margens do Nilo. Jantar e estadia no Karima Nubian Guest House.
Dia 5 (23.10.2014):  Soleb – Partimos para norteem direcção a Soleb. Almoço durante o percurso em uma das aldeias núbias da região. Depois de atravessar o Nilo a norte da terceira catarata, chegamos a Soleb para visitar o imponente templo construído pelos faraós egípcios da XVIII dinastia, Amenhotep III, e seu filho Akhenaten.  Jantar e estadia em casa tradicional núbia.

Dia 6 (24.10.2014): Sadinga, Ilha de Sai, Soleb – Visita ao Templo de Sadinga e vasta necrópole do período Kushita. Viagem de barco para a Ilha de Sai para visitar o Castelo Otomano e a igreja medieval. Regresso à aldeia núbia para jantar e estadia.


Dia 7 (25.10.2014): Tombos, Kerma  – Partida para sul, em direcção a Tombos para visitar as antigas pedreira de granito de Sebu, repletas de inscrições e gravuras faraónicas; continuação para Kerma para visita ao sítio arqueológico, o primeiro centro político do antigo reino de Kush, contemporâneo do Egipto faraónico.  Jantar e estadia em Selim.

Dia 8 (26.10.2014): Karima, Jebel Barkal – Partida para sul, em direcção a Karima; fim de tarde em Jebel Barkal visitando o Grande Templo de Amun e a montanha sagrada. Jantar e estadia de 3 noites no Karima Nubian Guest House.

Dia 9 (27.10.2014): Jebel Barkal, Nuri, El-Kurru – Dia inteiro de visitas em Jebel Barkal, à necrópole real Kushita de El-Kurru e pirâmides na necrópole real de Nuri, todos estes sítios classificados pela UNESCO como Património da Humanidade. Jantar e estadia no Karima Nubian Guest House.



Dia 10 (28.10.2014): Ghazali, Karima – Partida para o grande deserto de Ghazali para visita às ruínas arqueológicas do mosteiro de Ghazali, datadas do período do reino cristão de Makuria. Regresso a Karima para jantar e estadia no Karima Nubian Guest House.

Dia 11 (29.10.2014): Meroe – Travessia do Deserto de Bayuda em direcção ao sítio arqueológico de Meroe, a antiga capital do reino Meroítico, contemporâneo do mundo greco-romano, classificado pela UNESCO como Patrimóio da Humanidade. Jantar e estadia de uma noite no Meroe Desert Camp.

Dia 12 (30.10.2014): Naqa, Musawwarat, Khartum – Partida para Naqa para visitar o magnífico e bem preservado Templo do Leão e o Templo de Amun, e o sítio arquológico de Musawwarat es Sufra, ambos do período Meroítico. Continuação para Khartum para jantar e estadia de 2 noites no Hotel Corinthia.


Dia 13 (31.10.214): Khartum – Cruzeiro no rio Nilo; ao final da tarde visitamos, mais uma vez, Omdurman, onde teremos oportunidade de assistir ao ritual semanal (sexta-feira, às 17h00) dos dervishes sufis de Omdurman. Jantar de despedida.
Dia 14 (01.11.2014): Khartum/Lisboa – Voo de regresso a Lisboa, via Istambul, com a Turkish Airlines.
Durante o decorrer da primeira parte da viagem no extremo norte do país, pela Núbia Sudanesa, teremos oportunidade de ficar alojados em casa tradicional núbia. Desde a antiguidade faraónica que os núbios constituem a população autóctone do vale do Nilo a sul da primeira catarata em Aswão, ocupando actualmente toda a região do sul do Egipto e norte do Sudão.
Famosos pela sua hospitalidade, os núbios possuem uma cultura ancestral que se reflecte também na sua arquitectura doméstica, contruída com materiais locais, como o tijolo de adobe manufacturado com argila do Nilo, a pedra local e troncos de palmeira. Esta arquitectura perfeitamente adaptada às condições climatéricas da região, utiliza paredes espessas, tectos em cúpola e pátios interiores que protegem do calor exterior e da luz intensa do sol, contribuindo para criar um ambiente interior com uma temperatura mais fresca e agradável. Motivos geométricos tradicionais em cores diversas, e que incluem símbolos apotropaicos, como a mão de Fátima, são frequentemente usados na decoração da porta de entrada e dos espaços interiores, este últimos quase sempre repletos de tapetes e almofadas, pequenas mesas e outros objectos em madeira ou cestaria.
 
 
Em Karima, nas imediações de Jebel Barkal, o alojamento será no Karima Nubian Gest House, um hotel-boutique construído segundo os princípios da arquitectura tradicional núbia. Bem localizado, com uma vista magníica para a montanha sagrada de Jebel Barkal, não podiamos ficar mais bem instalados durante a nossa visita à Núbia Sudanesa.